30 de setembro de 2010

Chega de Mansinho...


Vem!!
Chega de mansinho...
Não diga nada
Não me toque
Apenas me dê o seu olhar.
Olhe nos meus olhos...
Solte os pensamentos...
Deixe que eu te enxergue
Perceba o brilho do meu olhar.
Desvende os segredos que nele tenho.
Simplesmente ...olhe pra mim...
Te perceba neles.
Vem!!
Chega de mansinho
Me dê suas mãos...
Sinta meu calor...
Meu tremer...
Meus calafrios.
Perceba nas minhas mãos...o teu toque.
Perceba você em mim.
Vem!!
Chega de mansinho
Não...não diga nada...
Apenas me abrace.
E nesse instante
Feche os olhos e sinta...
Esqueça o lá fora
Apenas me enlace
Sinta os meus sonhos...
O despertar da vida.
Vem!!
Chega mais de mansinho
Não diga nada
Apenas sinta nossos corações
Nossos sentimentos fluírem.
E se nada acontecer...
Vem!!
Vem assim mesmo
Chega de mansinho
Nem diga nada...
Apenas sinta a cumplicidade...
A confiança...
Sinta nossos risos
Sinta o carinho...
O amor que te tenho.
Apenas sinta.
Vem!!
Vem... vem sim...
Chega de surpresa.
Apenas... venha...
Mesmo... silenciosamente.
Vem!!




( Ana Elisa)

Estar Apaixonada





É viver
Parada no tempo,
escutando o vento…
Buscando palavras;
rindo do nada,
sonhando acordada…
Estar apaixonada:
Suspirar calada…
Esquecer as horas…
Brigar com a memória,
recomeçando a história…
Estar apaixonada:
É dar razão a paixão,
sentindo emoção…
É doar sentimento,
Desejando o momento…
É recomeçar a qualquer agora,
sem deixar a esperança ir embora…
Estar apaixonada:
É fazer da felicidade um eterno sonho,
como se mais nada tivesse sentido…
É escrever poesia com toque de magia,
transpirando alegria…
Estar apaixonada:
É simplesmente acreditar que a paixão é a mais pura essência do amor…
A seiva que alimenta o coração, revovando a vida a cada manhã…

20 de setembro de 2010

Amor Incondicional




Tantos tipos de amor tenho visto por aí. Amores fracos, desnutridos de coragem; amores fortes, que atravessam muitas barreiras, mas que em certo momento tropeçam numa pequena pedra, caem e não conseguem mais se levantar.
De tantos e todos os tipos de amor que conheci, houve um que jamais esquecerei: o amor incondicional, aquele que existe apesar de, e que atravessa qualquer tipo de tempestade, tropeça em muitos obstáculos e mesmo assim não deixa de existir; não altera a sua rota, não diminui a sua dimensão, não perde o seu peso, não permite que o seu brilho seja ofuscado.
Só ama incondicionalmente quem é possuidor de uma alma grande, e esse tipo de alma normalmente é acompanhada de um espírito de luz.
Amar assim é não viver subjugado a "mas..." e "poréns...", é não ter critérios para doar esse amor, é não exigir troca e abrir mão de reciprocidade.
Quando se ama incondicionalmente tem um espaço dentro do cérebro que fica reservado em definitivo para que nas vinte e quatro horas do dia o pensamento não se afaste do objeto desse amor. Já no coração, não existe um espaço designado para guardá-lo, porque ele é todo esse amor, vivenciado e sentido enquanto ele bater.
Amor incondicional não tem orgulho de nenhuma espécie. Não se envaidece de sua capacidade, nem de sua força, não tem necessidade de alardear a sua existência, nem demonstrar o seu imenso universo, ele é simplesmente um amor humilde, puro e despretensioso e justo por isso se torna grandioso.
Corações que vivem esse tipo de amor, são generosos, eternos, mesmo depois que param de bater, são sublimes e por isso conseguem guardar dentro deles tanta ternura.
Amor incondicional não faz de conta que é, não se obriga a desistir de si mesmo, não precisa viver de fantasias, nem andar travestido de ilusões para prosseguir o seu caminho.
Esse amor do qual estou falando é por si só inteiro, não agoniza e muitas vezes inexiste aos olhos dos outros,
mas quem ama incondicionalmente, sabe a receita exata de como vivê-lo sem dores.
Felizes daqueles que despertam essa maneira de amar em alguém, esses sim, têm motivos de sobra para se orgulhar por terem conseguido atingir de forma tão especial um coração carregado do mais puro dos sentimentos.
Amor se torna incondicional quando ele já se acomodou dentro do peito, já se conformou com a estrada que terá que percorrer e já não há mais possibilidade de derrapar em nenhuma curva desse caminho, nem ser atropelado por qualquer dúvida. É quando também, o que ficou para trás já não importa e o que está por vir não vai mudar nada.
O amor incondicional é aquele que doa o melhor de si, mesmo que esteja recebendo o pior de alguém, porque ele não depende de ser querido, nem de ser aceito e não esmorece se for ignorado.
Esse amor é daqueles amores que no passado já sangraram muito, latejaram, abriram enormes feridas, mas que ainda assim não deixaram marcas nem cicatrizes, porque a partir daí, resplandeceram e passaram a viver em eterno estado de graça até o instante que se eternizaram.
Há quem diga que o amor incondicional é masoquista, isso não é verdade, esse tipo de amor é o inútil. O amor inútil sim, alimenta-se de sofrimento, resiste a tudo com esperanças de alcançar o seu objetivo, que já ficou bem claro, não será conquistado. O amor inútil é aquele que já foi embora mas saiu tão mansamente que nem deixou que percebessem sua partida, ao contrário do incondicional, que se instalou dentro de alguém e não pretende procurar a saída.
O amor incondicional não corre atrás de sonhos impossíveis, não precisa disso. Ele já é maduro, há muito deixou de ser adolescente, e envelhecer também não está nos seus planos, porque o amor que se torna velho, é um amor cansado, desgastado, exaurido. Já o incondicional é e sempre será, ativo, independente, coerente, auto-suficiente, porque se reserva o direito de ser solitário e ainda assim completo e realizado, porque reside nele a certeza de sua inocência, pureza e sinceridade.
Existe um encontro marcado entre o amor incondicional, a glória e o esplendor em algum canto do mundo, em algum instante da vida ou em algum momento após a morte, mas ele não conta os dias para isso, nem sequer consulta o relógio, embora para ele, o momento desse encontro seja a grande magia da sua existência.
Amor incondicional é de uma elegância imensurável, de uma postura invejável e de uma personalidade única.
Felizes daqueles que são merecedores de serem amados incondicionalmente e mais felizes ainda, aqueles que se permitem amar assim, porque são eles os grandes heróis da vida.
Infelizes daqueles que não conseguem perceber quando despertam esse tipo de amor, que não têm a sensibilidade de sentí-lo ao seu redor e valorizá-lo independente do que podem oferecer a ele.

Amar incondicionalmente é uma arte.
Ser amado assim, um presente divino.




A MONOGAMIA E O CAMINHO DOS PINGÜINS

O caminho para o relacionamento conjugal é o da monogamia, não por determinação genética, mas porque fomos criados à imagem de Deus, que é, em si, uma unidade.






Uma revista semanal publicou recentemente uma reportagem sobre como os fundamentalistas, através da aparente constatação da chamada “marcha dos pingüins”, que descreve o grande percurso que essas aves percorrem para acasalar-se, e, em grande parte, com os mesmos parceiros da marcha anterior, estão tentando demonstrar como a monogamia é o natural na dispensação divina da Criação. O comentarista da área de ciências dessa revista desancou os tais fundamentalistas, fazendo ver a ingenuidade e a simploriedade desse argumento antropomórfico, deixando claro que há outros fatos no comportamento dessa espécie que, por si só, desautorizam essa conclusão.


O comentarista da revista tem razão. É uma ingenuidade. Mesmo nas Escrituras, esse assunto passou por várias fases:

• No momento da Criação, Deus ordenou a monogamia (Gn 3.24), e o relacionamento entre homem e mulher era de unidade. Dois seres, mas uma só carne. Duas vidas, mas um só caminho e uma só missão.
• No evento da queda, Deus subordina a mulher ao homem, dizendo que ela seria governada por seu marido (Gn 3.16).
• Depois disso, Deus desaparece da cena por sabe-se lá quanto tempo; quando reaparece, encontra a poligamia e, a rigor, não mexe nisso, embora ela signifique a exarcebação do governo do homem sobre a mulher.
• Quando Jesus Cristo aparece, ele manda voltarmos para o início (Mt 19.8), para o momento da unidade, quando o relacionamento não estava baseado na autoridade, mas na unidade – e, portanto, na cumplicidade.

Alguém poderá dizer que não é assim, porque Paulo diz que a mulher deve ser submissa ao seu marido. Entretanto, o próprio Paulo diz que está falando da relação entre Cristo e a Igreja (Ef 5.32). Nós é que não queremos prestar a atenção nisso, acabando por fazer uma má exegese. Quanto ao relacionamento conjugal, Paulo diz que o homem deve amar a sua mulher como a si mesmo e a mulher deve respeitar ao seu marido (Ef 5.33).

Portanto, não há dúvida, o caminho escolhido por Deus para o relacionamento conjugal é o da monogamia. Mas não por causa de uma determinação genética, nem por causa de um imperativo moral, mas porque fomos criados à imagem e semelhança de Deus, que é, em si mesmo, uma unidade. Logo, não há como ser expressão desse Ser sem, de alguma maneira, participar da unidade que o caracteriza. Daí ser na unidade da monogamia, da família e da comunidade que manifestamos a imagem de Deus. Sim, porque os anjos têm as mesmas qualidades cognitivas e volitivas que nós, mas são tidos como criaturas à imagem de Deus.

E, para além do corpo, que não nos distingue como imago Dei, o que experimentamos de Deus, diferentemente dos anjos eleitos, é que, guardadas as devidas proporções, somos as únicas criaturas de Deus que experimentam a unidade que o distingue. A monogamia não é natural, mas litúrgica. A monogamia fundamentada na unidade. Qualquer outro tipo de relacionamento no casamento conspurca a imagem de Deus.

(Ariovaldo Ramos)

Um Deus que nos orienta




Os cervos, cinco ao todo, entraram pelo portão aberto de nosso grande jardim todo cercado. Comeram as sobras da estação e partiram, menos um jovem cervo, que continuou a se banquetear.

Quando se deu conta de que tinha sido deixado para trás, ficou confuso e começou a correr por todo lado, à procura dos outros.

Em sua ansiedade, não conseguia encontrar o portão. Várias vezes se jogou contra a cerca, caindo de volta no que deve ter lhe parecido uma armadilha, uma prisão, uma gaiola.

Então, uma cerva voltou até a cerca, pelo lado de fora. Andando junto à lateral do cercado, ela conduziu o menor até o portão, até a liberdade e para seu alegre reencontro.

Nosso Deus faz algo semelhante conosco.

Nós nos deixamos prender, ficamos separados, perdidos, assustados e ansiosos, sem saber onde estamos, sem conseguir estar onde queremos.

Lançamo-nos contra muros que não se quebram, barreiras que não conseguimos subir, obstáculos que não podemos saltar apenas para sermos lançados de novo nas prisões em que entramos.

Então, Aquele que Se preocupa conosco vem para nos mostrar como sair. Ele caminha conosco, demonstrando cuidado, preocupação e amor, para que possamos experimentar a liberdade.

Deus nos procura, nos guia para casa e partilha conosco a alegria do reencontro.

Senhor Deus, protege-nos do perigo ao colocarmos nossa vida sob os Teus cuidados. Consola-nos em nosso medo e resgata-nos de nossas prisões. Em nome de Jesus. Amém.

Quando estamos perdidos, Deus vem em nossa procura.
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Douglas N. Akers (Nova York, EUA)

16 de setembro de 2010

Amor Próprio


"Lembrar de amar faz bem pro seu cabelo"
(Manitu)





Este texto é melhor visualizado por quem tem dois olhos e um coração. Os olhos não precisam nem ser dois, mas os corações podem ser vários. Não leia as palavras, leia minha alma. É ela que eu tenho, é ela que eu mostro, é por ela que me mostro, para não ser um monstro sem ela. Use mais sua alma, fale mais com o seu coração. Sua alma é para ser sentida e viver dias mais belos. Seu corpo pode mais que sexo. Sua boca pode mais que beijos, lambidas e gozos. Você pode mais.

Mas, você não quis. "Ei, ele não quis!" Não quis minhas palavras bonitas, não quis meu jeito enlouquecido de estar sempre lúcido, não quis meu amor, não quis ser amado. Se eu me arrependo? Não! Amar sempre vale a pena. Eu aprendi, cresci, amadureci, me tornei capaz de amar um pouco mais. Ele me inspirou palavras bonitas, palavras tristes, mas palavras verdadeiras. "Mas ele não te amou!" Peraí, cara-pálida! Essa conversa é sobre amar, quem tá falando em ser amado aqui? Amar querendo ser amado não é amor, não é reciprocidade, é interesse, bajulação, é pegar um ser humano e ensiná-lo que ele ganha um ossinho toda vez que te tratar bem. Eu quero amor, não adestramento.

"Onde está seu amor próprio?" Amor próprio? Corta logo essa sua filosofia barata de buteco! Eu me amo SIM! Me amo tanto, em um amor tão grande, que preciso não me amar sozinho, preciso de um par. Meu amor próprio me ama e tem a propriedade de se permitir amar ao outro. Acorda, levanta e anda: o mundo já está cheio de amor próprio, o mundo está lotado de pessoas que se amam demais, o universo está farto de pessoas egoístas que só querem amar a si. O mundo precisa de pessoas que amem ao outro, e que aprendam o real significado do amor próprio. É amar a si, não venerar a si, idolatrar a si, ignorar ao próximo, não amar ao próximo. Ame ao próximo, o seguinte e ao que vier depois do sucedente. AME!

Seu espelho não mostra quem você é, até ele te inverte para te impulsionar a um jeito de ser você mesmo. Eu mesmo quero amar, só aprendi que não preciso do "te" antes do amar. Quer filosofia (não a de buteco)? Vou te dar. A filosofia já disse, o filósofo que eu não lembro o nome disse. Não guardei o nome dele, apenas vivo o que ele disse. Ainda sinto e vivo palavras que não são minhas. Então, não copie esse trecho e cole no seu Orkut, porque não é minha a "descoberta" que segue. Existe afeto, amizade, fraternidade e amor. Afeto é gostar mais de você do que do outro. Amizade é gostar do outro tanto quanto você gosta de si. Fraternidade é gostar de todas as pessoas do mundo como você gosta de você mesmo. Amor é mais complexo, incompreensível, é gostar mais do outro do que de você mesmo. Não fui eu quem disse não. Já souberam o amor antes de mim. Antes de você.

Então, não confunda branco com verde, verdura com legume, não leve o travesti para a cama achando que é o amor da sua vida, porque você não é o Ronaldinho, ainda que você possa se tornar um fenômeno questionável. Amar é um fenômeno, viver é um fenômeno. Portanto, não veja, seja. Não queira, tenha. Não ame, me ame. Fui claro? Agora, saia da minha página e vá em busca de quem você ama. Se você não me ama, tudo bem, bom para você, mas, preciso lhe informar que você vai ter que amar alguém! Não dá para escapar disso não! Busque, não fuja e ame um pouco mais, pode ser que alguém te encontre. Se você mesmo se encontrar, já será um bom começo.

E não ache que porque eu escrevo palavras bonitas, rimas tristes, eu estou por aí chorando, sentindo sua falta a todo momento, que eu sou alguém triste, melancólico, a ponto de cortar os pulsos. Desculpa, meu bem, meu mundo já existia antes de você, minha vida também, portanto, não seja egoísta mais uma vez espalhando para o mundo que eu sofro por você. Menos, querido. Eu sorrio pelo que eu acredito, eu choro pelo que eu acredito, pelo que eu sinto, é porque eu vivo, é porque eu não me escondo. E nem tente se desculpar porque não será por mim, será por você, para você se sentir melhor. Quebra essa sua casca de depressão mal curada e disfarçada de "ei, olhem para mim, eu estou aproveitando a vida!". Olhei, decepcionei, larguei, é quase um "olhei, gostei, peguei" das baladas, só que o meu é a versão de quem se machucou por alguém sem sentimentos.

Lembra aquele coração que eu te pedi lá no começo? Cuide dele, trate bem dele, reserve um lugar especial para alguém e permita que outro more no seu coração, na sua casa, na sua vida. Você pode fazer alguém feliz, e isso sim é amor próprio: fazer de você mesmo algo bom para o outro. De que adianta se achar tanto, sem nunca ter ninguém para te dar a certeza? Alguém para lhe trazer também algumas dúvidas para não cair na mesmice. Eu não exagero, apenas amo em excesso e ainda deixo um resto para a próxima vez. Eu quero é ser feliz, e eu não tenho medo de precisar não ser de vez em quando, é o preço que eu pago, sem esperar pelo troco!

"Os depressivos não. Eles querem ser infelizes para confirmar que eles são depressivos. Se eles forem felizes não poderão mais ser depressivos. Eles teriam que sair pelo mundo e viver. O que pode ser deprimente"
(Closer - 2004)

13 de setembro de 2010

Pontualidade

Não me importo de esperar vinte minutos com a mão na maçaneta enquanto diz que já está pronta para trocar novamente de vestido. Não me importo de esperar dez minutos sozinho no saguão do cinema cumprimentando conhecidos e tentando segurar o refrigerante e os dois baldes de pipoca enquanto vai ao banheiro. Não me importo de esperar chegar em casa para que me diga quem é o amigo que a abraçou efusivamente na festa. Não me importo de esperar três horas na salinha do hospital para saber se a nossa criança nasceu. Não me importo de esperar as longas conversas de sua mãe sobre o meu temperamento. Não me importo de esperar seu corte de cabelo, que sempre envolve pintura, hidratação e escova. Não me importo de esperar a aprovação de suas amigas. Não me importo de esperar nossos filhos regressarem das baladas para me enfurnar em seu cheiro. Não me importo de esperar que tranque as portas antes de tirar o salto. Não me importo de esperar que volte das lojas com as sacolas dentro das outras sacolas para parecer que gastou menos. Não me importo de esperar que faça as pazes com Deus. Não me importo de esperar quando arruma o armário e doa metade das roupas. Não me importo em esperar que encontre a roupa que já deu na semana passada. Não me importo de esperar que o filme acabe para namorar. Não me importo de esperar que devolva as cobertas que rouba para seu lado de noite. Não me importo de esperar você consultar suas mensagens antes de sair. Não me importo de esperar sua irritação em dias de chuva. Não me importo de esperar você nunca me retornar ligações depois das reuniões. Não me importo de esperar que se acorde no domingo, com receio de que fique nublada. Não me importo de esperar que o ciúme desapareça e volte a me ver como se eu fosse somente seu. Não me importo de esperar sua TPM. Não me importo de esperar o melhor momento para viajar. Não me importo de esperar o tempo que precisa para descobrir que me ama. Ou o tempo que precisa para descobrir que não me ama. Não me importo de esperar que venha de repente nossa música no rádio. Não me importo de esperar as revelações de fotografias de sua máquina antiga. Não me importo de esperar o embrulho de um presente. Não me importo de esperar suas discussões de fim de noite. Não me importo de esperar seu beijo de café cortado. Não me importo de esperar sua ressaca depois da dança.

O que desejo dizer é que não precisa se apressar. Nunca chegará atrasada porque sempre estarei a esperando.

De coração pra coração



O que separa corações não é a distância,
é a indiferença.
Há pessoas juntas estando separadas por milhares de quilômetros e outras separadas vivendo lado-a-lado.

Muitas vezes nos importamos com o que acontece no mundo, nos sensibilizamos e pensamos até em fazer alguma coisa, mas nos esquecemos do que se passa ao nosso lado, na nossa casa, na nossa família
e mesmo na vizinhança.
Colocamos, sem querer, barreiras entre os corações que nos cercam.

A indiferença mata lentamente, anula qualquer sentimento; e assim criamos distâncias quando estamos tão próximos.

As pessoas se habituam tanto àquelas que convivem com elas que elas passam a não notá-las mais, a não dar mais importância.

Mas, se quisermos transformar o mundo, comecemos por transformar a nós mesmos.
Se quisermos entrar em combates para melhorar algo para o futuro, que esse combate comece dentro da nossa própria casa.

Precisamos olhar os que estão ao nosso lado sempre com olhos novos.
Comunicar mais, destruir mais barreiras e construir mais pontes.
Precisamos nos dar de coração a coração.
A melhor maneira de acabar com a indiferença de uma pessoa em relação a nós é amá-la.
O amor transforma tudo.

Não permita que pessoas ao seu lado morram de solidão!
Não permita que elas sintam-se melhor
fora de casa que dentro dela!
Dê atenção, dê do seu próprio tempo!
Comunique-se!
Assista menos televisão e converse mais.
Riam juntos.

Há quanto tempo você não diz para a pessoa que vive ao seu lado que gosta dela?
A gente não recupera tempo perdido.
Mas podemos decidir não perder mais.

Vamos amar os corações que nos cercam e tentar alcançar novamente aqueles que se distanciaram.

Há sempre tempo para se amar.
E se não houvesse, o próprio amor seria capaz de inventar.

(Letícia Thompson)

11 de setembro de 2010

Que Força é essa?



"Que força é essa que nos empurra para longe do conforto daquilo que é familiar, e nos faz enfrentar desafios, mesmo sabendo que a glória do mundo é transitória?

Creio que esse impulso se chama: a busca do sentido da vida.

Por muitos anos procurei nos livros, na arte, na ciência, nos perigosos
ou confortáveis caminhos que percorri, uma resposta definitiva para essa pergunta.

Encontrei muitas.

Hoje estou convencido que tal resposta jamais nos será confiada nesta experiência, embora no final, no momento em que estivermos de novo diante do Criador, compreenderemos cada oportunidade que nos foi oferecida."



Sinto dizer:


Desapontar pessoas faz tão parte da vida quanto tomar café. Leio e releio esta frase e engulo seco. Minha alma está de dieta. Não cabe em mim o peso de mais uma cara amarrada. Decepções não acontecem porque deixamos de fazer alguma coisa para alguém ou porque não somos como a imagem que projetaram de nós. A verdade é que as pessoas (nas quais me incluo) não sabem o que querem de si mesmas e jogam suas frustrações nas costas do outro. Em cima de alguém que obrigatoriamente deveria ter a resposta. Mentira minha? Não creio. E não há resposta na última página, sua verdade não está em ninguém (a não ser em você mesmo), a decepção te engole, a culpa inflama, dias e noites são perdidos por emoções não conferidas no guichê. Vamos simplificar? Pegue a senha e aguarde. Pessoas sempre se decepcionarão com você. Pessoas sempre se apaixonarão por você. O importante é: não permita nunca que você se decepcione, pois só você tem o poder de fazer isso.


10 de setembro de 2010

Marcas do Eterno...



Antes de você entrar na minha vida
De se decidir por mim
Por minha história
Haverá de ter clareza de saber bem
Quem eu sou
Pra depois não me dizer
Ter se enganado

Eu não posso ser o que você quiser
Sou bem mais do que os seus olhos
Podem ver
Se quiser seguir comigo
Eu lhe estendo a mão
Mas não pode um só momento
Se esquecer

Sou consagrado ao meu Senhor
Solo sagrado eu sei que sou
Vida que o céu sacramentou
Marcas do eterno estão em mim

Antes do seu amor chegar
Um outro amor já me encontrou
E me envolveu com tanta luz
Que já não posso me esquecer

Se mesmo assim quiser ficar
Seja bem vindo ao meu lugar
A esta coração que resolveu
Plantar-se inteiro em Deus
E hoje não quer mais se aprisionar

Eu lhe peço que me ajude
A ser mais santo
Que por vezes me esqueça no meu canto
É que a minha santidade
Necessita solidão
Só assim minha presença
É mais saudável

Não me peça o que de mim
Pertence a Deus
Nem dê mais do que eu preciso receber
Ser amado em excesso
Faz tão mal quanto não ser
Eu lhe peço que me ajude a ser de Deus



9 de setembro de 2010

O cérebro contra o adultério

Quem está apaixonado fica em estado de graça: meio aéreo, sem prestar muita atenção no que está se passando a sua volta. Isso todo mundo já sabe. Mas cientistas da Universidade da Flórida acabam de descobrir que a coisa pode ir muito além: o amor torna o cérebro humano literalmente incapaz de prestar atenção em rostos muito bonitos.

Os pesquisadores fizeram um estudo para medir a atenção de 113 homens e mulheres, que foram expostos a fotos de pessoas lindas (e outras não tão bonitas). Metade dos voluntários teve de escrever, antes da experiência, um pequeno texto falando sobre o amor que tinha por seu parceiro. A outra metade fez uma redação genérica, sobre felicidade. Em seguida, as fotos foram exibidas – com os olhos dos voluntários monitorados por um computador. Quem tinha escrito (e pensado) em amor passou a ignorar as imagens de pessoas bonitas – seus olhos simplesmente não se fixavam sobre as fotos. E essa rejeição só acontecia com as fotos de gente linda; com as imagens de pessoas comuns, não havia diferença.

Segundo os cientistas, isso acontece porque, quando as pessoas pensam em amor, seu neocórtex(Neocórtex, "novo córtex" ou o "córtex mais recente" é a denominação que recebem todas as áreas mais evoluidas do córtex. Recebe este nome pois no processo evolutivo é a região do cérebro mais recentemente evoluída)

passa a repelir pessoas muito atraentes – que são tentadoras e têm mais chances de levar alguém a praticar adultério. O mais impressionante é que, entre os homens, esse mecanismo antitraição é 4 vezes mais forte do que nas mulheres.

Os cientistas especulam que ele teria se desenvolvido, ao longo da evolução, para ajudar os machos a se manterem monogâmicos. “Há muitos benefícios evolutivos em uma relação monogâmica, e o organismo leva isso em conta”, diz o psicólogo Jon Maner.

Fonte: Super interessante

5 de setembro de 2010

Pássaro Sem Canto

(Paulo R. Júnior)

Foi numa tarde de tédio, quando resolvi ir à pracinha da rua de cima ver o dia passar.
Sentei-me embaixo dum pinheiro, quando me deparei com figura de um Pardal. Com seus leves pulos desajeitados e despreocupados, não mostrava vergonha ao exibir sua plumagem pouco atraente. Não cantava. No máximo, piava discretamente. Voôu.
Em seguida, aproxima-se um Canário-do-Reino. Vistoso, belo. Sua plumagem lembrava-me o nascer-do-sol. Seus suaves pulos demonstravam a categoria que lhe era dada desde o berço. Ah o seu canto, como é belo! Era música aos meus entediados ouvidos! Abriu as asas e saiu num voô exalando luxo e derramando sentimento.
Por coincidência, um Pardal e um Canário-do-Reino pousaram lado a lado. Ambos davam seus saltos em busca de algo que eu desconhecia. O Pardal apenas piava, enquanto o Canário fazia do seu canto, uma orquestra. Paradoxos da natureza.
Mesmo feio e tímido, o Pardal não nega e nem excluí seus princípios e jamais se minimiza diante da beleza exagerada do Canário.
Vive a vida apenas aquele que não se importa com as opiniões alheias, quem jamais nega seus princípios, quem é o que realmente é, e não quem é apenas um fantoche manipulado para obter status diante daqueles que o renegam...
Coincidência ou não, o Canário construiu seu ninho ao lado do ninho do Pardal...

1 de setembro de 2010

Nuvens

(Flávio Venturini)

Nuvens

Vão as nuvens
As imagens que eu guardei pra mim
Nuvens claras, sentimentos
Transparentes ondas de emoção

Ondas
Som das ondas
Carruagens pelo mar sem fim
São viagens, são momentos
Que passaram e que não passarão

As minhas canções inacabadas
Vão ficar como folhas no vento
Cruzes na beira da estrada
Quando cesar em mim a energia,
o movimento

Mais do que cruzes,pousada
Mais do que abrigo, alimento
De uma aventura desenfreada
Da minha breve estrada
São os melhores momentos

Viajante, não lhes peça nada
Além de esperança e alento
São folhas, são cadernos, são palavras
São indecifráveis madrugadas
Deixe-as seguir no vento.

Fontes
São teus olhos
Diamante que eu sonhei pra mim
Mas são nuvens
Vão no vento diferentes
Os nomes da paixão

Nomes de pessoas
De lugares nas esquinas dos amores
vãos
Vão ciganos
Nuvens claras
Que passaram e que não passarão

Tudo que faz o amor valer
Faço virar canção
Se você nem quiser me ver
Faço você cantar